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Riscos da gravidez na adolescência

Aquele momento que deve ser único na vida de toda mulher pode tomar outro rumo quando a gravidez não é planejada e, mais ainda, se a futura mãe for adolescente. Entre tantos aspectos psicológicos e sociais que rodeiam o tema, destaco o maior risco de complicações materna e fetal, já que a gravidez na adolescência sempre é considerada de risco, sendo fundamental o acompanhamento pré-natal ao longo de toda gestação. Deve-se buscar também o diagnóstico precoce e tratamento das intercorrências materno fetais neste grupo importante de jovens, uma vez que de 15% a 20% de todos nascimentos no Brasil são oriundos de mães adolescentes.
Conheça alguns dos principais riscos à saúde da mulher de uma gravidez na adolescência:
-Elevação da pressão arterial;
-Parto prematuro;
-Bebê com baixo peso ao nascer;
-Infecção urinária ou vaginal;
-Aborto espontâneo;
-Anemia;
-Complicações no parto, que pode levar à uma cesárea;
-Depressão pós-parto.
Somado à gravidade do problema dos riscos, estão os alarmantes números de gravidezes entre adolescentes no Brasil. Dados revelados recentemente pela Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que temos 68,4 bebês nascidos a cada mil meninas de 15 a 19 anos. O índice brasileiro está acima da média latino-americana, estimada em 65,5. No mundo, a média é de 46 nascimentos a cada mil.
A falta de informação de nossos jovens certamente é uma das principais causas desses índices negativos. Por isso, falar abertamente sobre o tema e a oferta de métodos contraceptivos são essenciais para redução na taxa de gestação entre adolescentes. Vamos iniciar essa conversa em casa mesmo. Um bate-papo franco e aberto, sem preconceitos, incluindo tópicos como a importância de utilizar métodos anticoncepcionais seguros associados à camisinha, principal ferramenta para evitar o HIV, é um grande aliado para a manutenção da saúde de nossos adolescentes.